terça-feira, 21 de dezembro de 2010

A Festa do Natal e a recriação da existência humana

É tempo de paz, tempo de encontro, tempo de alegria, tempo de esperança. É a Festa do Natal! Para muitos, momento de dar e receber presentes, para outros, tempo de lucrar, festar, comer bem e beber. É momento de dança, do abraço, do perdão, da tristeza, da partilha, do sorrisso. Tudo isso é Natal!
O dia 25 de dezembro foi estabelecido como referência para celebração do Natal, ou seja, a celebração do Filho de Deus na humanidade. No passado, na cidade de Roma, se comemorava a festa do deus sol, mas com a oficialização do Cristianismo no Império Romano a partir do século IV d. C., houve a inculturação da festa do nascimento do Filho de Deus, Jesus Cristo. Assim, a data do dia 25 de dezembro foi escolhida para festar a salvação de Deus na história da humanidade. Nessa perspectiva, Deus irrompeu a lógica da humanidade e se tornou carne entre os homens. O filho de Deus nasce no seio da família, na comunidade humana. Ele se fez humano para humanizar a humanidade por meio do amor, da justiça, do perdão, da partilha e da paz. Ele é o Mensageiro da Paz! Na noite em que Jesus nasceu, no céu pairva a estrela guia, o símbolo da presença de Deus, o anúncio da confirmação das profecias antigas, ou seja, um filho nascerá de uma virgem. José e Maria assumiram a missão de cuidar e educar o filho de Deus.
Natal é tempo da recriação da existência humana, pois Deus quis recriar a humanidade por meio de seu filho, nascendo na simplicidade da humanidade. Sabe-se que boa parte da humanidade não é cristã, pois todos possuem o direito de praticar suas crenças e participar das mais diversas religiões. Mas, a mística do Natal invade o nosso ser e nos interpela a recriar a nossa existência todos os dias. Muitos sãos os desafios que a humanidade tem passado. Crise econômica, conflitos, guerras, miséria, fome, exploração humana, degradação do meio ambiente, estresse, inúmeras doenças psicossomáticas, etc. De outro lado, o progresso econômico e científico. É o paradoxo no coração do homem em sua existência. Por isso, a festa do Natal é momento de recriar nossas atitudes e nossos gestos com os nossos semelhantes e com a mãe natureza que germe em dores de parto. Festejemos a vida, celebremos o Natal de Jesus, mas não esqueçamos de recriar nossas relações para 2011, com profunda atitude de respeito e cooperação com todas as formas de vida, pois somente assim, o Natal terá sentido de ser celebrado neste século XXI.

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