sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

A invenção do Ano Novo - a imortalidade da esperança humana

O Ser Humano possui uma natureza simbólica e como consequência, ao longo da sua história, nas mais diversas culturas criou símbolos para significar sua existência. Entre os grandes símbolos se encontram o mito, a religião e a ciência. Esses símbolos proprocionam ao ser humano a busca de significado em sua existência e na explicação do universo que o circunda.
Dentre as diversidades de símbolos que o homem criou está a invenção do Ano Novo, símbolo de um novo renascimento. Esse era o sentido antigo, pois o ano novo começava com a chegada da primavera, porém com o passar dos tempos foi adotado como sendo 1º de janeiro.
Era o renascimento da vida na natureza por meio das flores, árvores, pássaros, animais, etc. Era a explosão da vida. O grito da a ressurreição da mãe natureza. O inverno foi vencido pelo calor da vida. Que simbolismo forte e real da natureza! O homem por ser sujeito simbólico faz parte da natureza. Somos parte do universo, filhos da mãe terra, mas imbuídos do sagrado, do sentimento, do afeto, da emoção, da razão, do medo, do egoísmo, da solidariedade, do abraço, do beijo, da técnica, da arte, da esperança.
O Ano Novo é invenção da esperança imortal do ser humano. É rito de passagem. É pausa da vida para os que continuam na peregrinação da estrada existencial da condição humana. É avaliação das derrotas  e comemoração das vitórias. São as promessas, os sonhos, as dívidas, os estudos, o trabalho, a família, a festa, a viagem, a morte, a doença, a fé, a descrença, a vida. O Ano novo é o grande símbolo que a humanidade criou para imortalizar sua esperança na vida e no novo ano que inicia.
Vamos celebrar a invenção do Ano Novo, celebrando a nossa humanização e o convívio solidário com a mãe terra que hoje se agoniza junto a milhões de irmãos miseráveis em nossa humanidade. Que o nosso olhar se encante  com os fogos de artifícios e brindemos nossas taças de bebidas, reinventado a existência humana no ano vindouro.
Que a esperança do Novo Ano provoque em nós a metamorfose da Fênix, renascer das cinzas. Portanto, possamos renascer para o Ano Novo, como protagonistas da história de nosso país, de nosso mundo globalizado, buscando a superação do egoísmo e a prática do altruísmo.

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